A Direita Nunca Existiu: entrevista de Riccardo Marchi ao Canal Q

Riccardo Marchi, investigador do Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL), foi entrevistado no programa “Inferno” no Canal Q, a propósito do seu mais recente livro “A Direita Nunca Existiu“.

No seu livro, Marchi explicou que, apesar do contexto do país, após Novembro de 1975, ser propício para o aparecimento de partidos mais à direita que o CDS-PP, o mesmo não aconteceu. Mesmo com os partidos radicais de direita a participarem nos eventos que levaram ao golpe de Novembro de 1975, estes “não colheram os louros”. Para o investigador, isto prende-se, em parte, pela existência de um Partido Socialista sólido, pelo consenso e organização do grupo de Ramalho Eanes e pelas intervenções de actores políticos estrangeiros.

Sinopse

Ao longo das quatro décadas da democracia portuguesa, a fronteira mais à direita do arco parlamentar manteve-se inalterada no Centro Democrático Social. Porque nenhum partido à direita do CDS conseguiu representação parlamentar? Para responder à pergunta, esta investigação de história política recua à alvorada do sistema partidário português, em particular aos cinco anos de institucionalização democrática compreendidos entre 1976 e 1980. Este compasso temporal concentra todas as potencialidades e oportunidades oferecidas à direita extraparlamentar pelo pós-PREC, mas também todos os factores endógenos e exógenos a ela que explicam o seu fracasso no fim da transição portuguesa. Aqui encontram-se também muitas das idiossincrasias desta área política que determinarão a sua marginalidade nos anos seguintes.

Assista à entrevista completa no Youtube do canal Q.

CC BY-NC-SA 4.0 This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Riccardo Marchi

Post-doctoral researcher at CEI-IUL. PhD in Modern and Contemporary History (ISCTE-IUL). Research interests: right-wing radicalism (political thought, parties and movements) and the relations between States and radical organizations in contemporary Europe.

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