A não-política externa norte-americana

Com Donald Trump, a prudência desapareceu e os Estados Unidos passaram a ser geridos (mais do que liderados) ao sabor de impulsos e de frases escritas nas redes sociais sem qualquer fundamentação.

Os Estados Unidos da América são essenciais ao sistema político internacional. Por muito críticos que sejamos dos desequilíbrios gerados pela enorme concentração de poder num só actor, não poderemos deixar de constatar que, existindo uma única superpotência, o sistema só beneficia com um comportamento estável e previsível da sua liderança. Esta estabilidade e previsibilidade terminaram há pouco mais de seis meses com a chegada de Donald Trump ao poder, fruto da sua impreparação para exercer a função presidencial.

A incompetência de Trump é, desde o primeiro instante, visível aos níveis interno e externo. Na primeira dimensão, a forte solidez institucional do sistema político norte-americano encarregou-se de limitar os devaneios presidenciais, como ficou patente com a suspensão judicial de parte das ordens executivas que visavam limitar a entrada de estrangeiros ou com as dificuldades para suspender o Obamacare no Senado. Porém, no caso da política externa, a situação é bem mais complexa, dada a enorme margem de manobra conferida pelos poderes presidenciais nesta área.

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Filipe Vasconcelos Romão

Associate Researcher at CEI-IUL. PhD in IR (Univ. Coimbra). Advanced Studies Diploma in International Politics and Conflict Resolution (Univ. Coimbra). Guest Professor at ISCTE-IUL. Professor at UAL. President of the Portugal - South Atlantic Commerce Chamber.

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