A União Africana: Que Pan-Africanismo e que fronteiras terá África no fim do século?

O texto que a seguir se apresenta, publicado na vol. 1 nº 2 da Revista Chilena de Relaciones Internacionales, no final de 2017 e, agora, formalmente apresentado através do portal da RCRI, teve por base um artigo publicado no portal Pambazuka, em 27 de maio de 2016, pelos 58 anos da Unidade Africana; estuda a evolução da atual unidade e a identidade africanas apoiadas nos princípios consagrados pela Organização da Unidade Africana (OUA) e certificados pela União Africana (UA), fundando a integração política e económica de Estados-Membros africanos, com base nos padrões do pan-africanismo.

Se o pan-africanismo é uma doutrina que surge no âmbito das independências africanas, as ideias de unidade e identidade africanas são ancestrais e é neste contexto que o texto também tenta, sinteticamente, abordá-las.

É com suporte nestas duas importantes premissas (Unidade Africana e Pan-Africanismo) que se tentou analisar a atual situação política, social e geoestratégica dos países africanos, bem como a forma como a combinação das fronteiras africanas resultante da Conferência de Berlim – ainda que a sua intangibilidade estejam consagradas nos princípios das Cartas da OUA e da UA, discutidas até hoje, já havendo países africanos que exigem indemnizações por danos coloniais com a separação de povos –, o pan-africanismo e a dicotomia entre africanos citadinos e os do campesinato ou a “África das cidades” (talassocrata) versus a “África do campo” (epirocrata) podem afetar todo o Continente pelo século XXI.

O texto está dividido em 6 partes: Uma introdução histórico-social; uma análise ou uma questão sobre a importância do pan-africanismo para África e a formação/conjugação das “duas África” (as da cidade e do campo); que Democracia e que pluralismo político-social teremos em África neste século, tendo em conta as atuais condicionantes; nomeadamente, a intangibilidade das fronteiras consagradas na Carta da OUA; como é que o Pan-africanismo se perfilará no atual contexto africano; e, finalmente, pergunta-se que fronteiras existirão no final do século.

Leia o artigo original na Revista Chilena de Relaciones Internacionales.

Photo by Michael Branz / CC BY-SA 2.0

CC BY-NC-SA 4.0 This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Eugénio Costa Almeida

Researcher at CEI-IUL. Researcher at CINAMIL. PhD in Social Sciences, specialisation in IR and M.A. in IR (ISCSP-UTL). Currently: Post-Doc at Univ. Agostinho Neto (Luanda).

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