Mauricia – Mesmo covid baixo trava a economia

Prevê-se uma contração económica da ordem de 20% do PIB e a perda temporária de 130 mil empregos.

Esta semana começou com uma importante declaração do primeiro-ministro, Pravin Jugnauth. A população esperava algo relacionado à pandemia e ao confinamento, mas Jugnauth falou apenas da situação no estratégico arquipélago de Chagos, sublinhando que o mapa divulgado pela ONU já o inclui, de novo, no território mauriciano. É uma luta iniciada desde a independência, em 1968, pois pouco antes o Reino Unido, potência colonial, separou Chagos das demais ilhas e arrendou um atol aos Estados Unidos que lá construíram a grande base de Diego Garcia, após a população local ter sido evacuada contra a sua vontade.

A base tem desempenhado um papel de primeira grandeza em bombardeamentos a longa distância e possuiria gigantescos arsenais.

Os sucessivos governos de Mauricia mantiveram reivindicação constante pela reintegração de Chagos e regresso dos antigos habitantes que assim o desejassem. Ao fim de várias décadas, o Tribunal Internacional de Justiça deu-lhes ganho de causa, reconhecido pela ONU. Porém, a reintegração ainda não se produziu e o veterano ex-ministro Jean Claude de l’Estrac apela a ação prática do governo “senão será uma nova vitória estéril”.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

Ilustração de Russell Tate [cortada] / United Nations COVID-19 Response / Unsplash

CC BY-NC-SA 4.0 This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Jonuel Gonçalves

Guest researcher at CEI-IUL. PhD on Water Resources Economy in Southern Africa and South America (UFRRJ). Post-doctoral researcher and Professor at the Strategic Studies Institute of the Universidade Federal Fluminense.

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