O fantasma covid-19 na América Latina

A humanidade padece de um grave problema que, adaptando a famosa frase de Marx e Engels, seria “um fantasma que percorre… o mundo: o fantasma da covid-19. Todas as forças da velha Europa… os novos e velhos Estados do Oriente e Ocidente uniram-se na santa cruzada para acossar esse fantasma”.

A adaptação da dita frase parece mais digna de nota porque a primeira grande vítima desse “fantasma” foi a China, o maior Estado comunista que ainda existe. Logo foi a velha Europa, onde o vírus causa estragos nos melhores sistemas de saúde pública do mundo como em Itália, Reino Unido e Espanha. Agora o horror instala-se nos Estados Unidos, o mais poderoso e extraordinário Estado capitalista do século XXI. A América Latina também está a ser afetada, principalmente o Brasil, a eterna promessa de potência global. Ainda falta saber se todas as forças se unirão numa santa cruzada para deter a pandemia.

Por agora, esse fantasma não tem quem o detenha. As vacinas, os medicamentos ou as terapias que se experimentam não confirmam a sua eficácia. Neste caos, a Organização Mundial de Saúde recomenda medidas para a sua contenção e muitos Estados adotaram-nas segundo as suas tradições, culturas e os seus recursos. É curioso que alguns destes métodos sejam praticados desde épocas muito antigas como o isolamento para tratar a lepra, mencionado na Bíblia, e a quarentena utilizada em Veneza durante a peste negra do século XIV.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

Ilustração de Shua Baber [cortada] / United Nations COVID-19 Response / Unsplash

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Luis Fretes Carreras

Associate researcher at CEI-IUL. Guest Auxiliary Professor at ISCTE-IUL. Former Ambassador of Paraguay to Portugal. Research interests: IR, democracy and transitions, latin-american studies.

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