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23 OUT | Exposição: A Propaganda nas Eleições Presidenciais dos EUA

Não perca, no dia 23 de Outubro, a abertura da exposição “A Propaganda nas Eleições Presidenciais dos EUA”, organizada pela Associação Cultural Ephemera, em colaboração com o CEI-Iscte e o CIES-Iscte e com o Núcleo de Estudantes de História Moderna e Contemporânea e o Núcleo de Alunos de Ciência Política.

A exposição estará patente ao público até 20 de Novembro. O horário de visita é entre as 10h e as 18h.

Sobre a exposição

A campanha eleitoral de 2016 para a Presidência dos Estados Unidos da América, que esteve na origem da exposição que ora se apresenta, além da sua óbvia importância política mundial, pela ampla cobertura mediática e a profusão de imagens, símbolos e de ideias fortes que a suportaram, proporcionou a oportunidade ideal para o estabelecimento de uma colaboração entre a Escola Superior de Comunicação Social – ESCS e o ARQUIVO EPHEMERA, de José Pacheco Pereira, permitindo a exposição de diversos materiais de propaganda eleitoral, maioritariamente centrados nestas últimas eleições (e agora actualizado para as eleições de 2020) mas também propondo uma abordagem mais ampla, em termos temporais, por outras campanhas, propostas e candidatos. Menos orientada para a propaganda política, no sentido da discussão das mensagens ou das técnicas eleitorais, e mais nos próprios materiais de suporte dessa propaganda, sobretudo pins e stickers, nas suas diversas variantes, a exposição pretendia constituir uma oportunidade de divulgação destes materiais ao público português, um olhar alargado sobre o vasto mundo das campanhas políticas da grande experiência democrática americana. A exposição depois de Lisboa, esteve no Porto (Mira Forum) e em Torres Vedras (Biblioteca Municipal).

Nas eleições de 2020, muito do pano de fundo eleitoral parece semelhante, mas não é. É comum em todas as eleições os candidatos dizerem que são as mais importantes de todas, mas em 2020 essa afirmação tem todo o sentido. A identidade dos EUA, desde a “base” ao topo, as suas políticas de emigração, económicas, de raça e classe, de cultura e “guerras culturais”, política externa e papel dos EUA no mundo, tudo está em mudança, e uma vitória de um ou outro candidato é particularmente significativa para os termos dessa mudança. Desta vez, os preliminares das primárias foram importantes no Partido Democrático, povoadas de candidatos como há muito não se via, e solitárias no Partido Republicano onde Trump ocupou o palco todo. Embora haja significativas diferenças de políticas, seguindo linhas de fracturas tradicionais, o peso da personalidade de Trump e o culto que lhe dedica a sua “base”, só tem como contraponto mais do que Biden, uma atitude de resistência contra Trump, numa reacção de mobilização “never Trump”, também sem precedentes no século XXI. O contexto da pandemia do Coronavirus exacerbou todo este contexto, eventualmente alterou as probabilidades eleitorais (como é suposto acontecer com os factos históricos de grande densidade), mas na verdade já quase tudo vinha de antes. O objectivo desta exposição é, usando os fundos do ARQUIVO EPHEMERA, permitir um contacto de maior proximidade com este momento político nos EUA.

José Pacheco Pereira
Catálogo da exposição

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CEI IUL

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