Lançamento no Afeganistão visa limitar e impedir movimentos do ISIS
O lançamento no Afeganistão da bomba não-nuclear mais potente, apelidada como “a mãe de todas as bombas” insere-se na estratégia dos Estados Unidos de limitar e impedir a liberdade de movimentos do grupo extremista Estado Islâmico.
A opinião é do Coronel Lemos Pires, do Exército Português, que entende que esta ação dos Estados Unidos da América (EUA) é uma resposta “ao espraiamento” dos afiliados do Estado Islâmico (EI) e da Al-Quaida, nomeadamente para o Paquistão, Índia ou Bangladesh.
“Tinha de haver aqui um sinal muito claro de interromper os movimentos crescentes das bases territoriais que entretanto os grupos tinham ganho. Nestas fases de planeamento estratégico a primeira coisa a fazer é ganhar o momento, é ganhar iniciativa estratégica. E como é que se ganha isto? A primeira coisa a fazer é impedir a liberdade de movimentos”, disse à Lusa o oficial, que esteve em várias missões no Afeganistão.
Segundo Lemos Pires, a escolha do alvo, uma zona afastada de civis, com túneis e grutas “que serviam para fazer circular os terroristas” do EI que “tentavam entrar no Paquistão e no Afeganistão” ou para se deslocarem para outras zonas e aí realizarem os seus ataques, faz parte da estratégia militar delineada pelos EUA com um objetivo.
“É uma forma estratégica de reganhar iniciativa e de conseguir interromper a liberdade de movimentos, obrigando a quem está neste terreno a não poder manobrar de um sítio para o outro. Esta é a grande iniciativa estratégica que está a ser feita pelos Estados Unidos”, sublinhou o oficial.
O coronel Lemos Pires explicou à Lusa que esta bomba “só pode ser utilizada em zonas muito abertas” e onde não haja civis.
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Humanitarian aid aelivered to Afghan village, 2010. Photo by David Quillen / CC BY-SA 2.0
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