Pax Americana
Há alguns anos, Bush filho disse que a América, leia-se EUA, liderava pelo exemplo a política externa mundial.
Longe de imaginar que Donald Trump seria eleito, o antigo presidente tocou num aspeto importante: quem quer ser a potência mundial que guia os destinos do globo, tem de dar o exemplo.
Trump defende o isolacionismo dos EUA e tem tomado medidas internas que amesquinham as comunidades imigrantes que têm contribuído para a grandeza e sonho americanos. Tem, ainda, a veleidade de usar o mesmo argumento interna e externamente, quando considera que os países aliados são um custo para o Estado americano, tal como defende que os imigrantes exploram a economia e sociedade norte-americanas. Está a dar um exemplo de retorno ao estado nacional, fechado sobre si mesmo e inibidor das grandes instituições internacionais que garantiram que o liberalismo que os EUA sempre defenderam saísse vencedor na balança de poderes internacional.
Toda esta turbulência na política externa norte-americana tem sido tema de debate na imprensa internacional. Na passada semana a revista do Financial Times publicava um dossiê intitulado “The New World Disorder”, da autoria de Edward Luce, destacando a imprevisibilidade dos resultados deste novo modo de os EUA estarem no mundo. Acrescenta, ainda, o autor que esta política de Trump poderia capacitar atores até agora regionais a darem um impulso para uma maior influência junto dos antigos aliados dos EUA.
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Former US President, George W. Bush. Photo by Cherie Cullen / CC BY 2.0
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