13 MAR | Leituras do Mundo: A Balança da Europa
Amanhã, dia 13 de março, irá decorrer a segunda sessão do ciclo de tertúlias “Leituras do Mundo” com apresentação do livro “A Balança da Europa” da autoria de Carlos Gaspar (IPRI-NOVA), seguida de conversa moderada por Bruno Cardoso Reis (CEI-IUL).
Este ciclo é uma iniciativa do Centro de Estudos Internacionais e da Biblioteca do ISCTE-IUL com o objectivo de apresentar todos os meses um livro que tenha sido publicado recentemente na área dos Estudos Internacionais. A sessão decorre no Auditório Mário Murteira (Ed. Sedas Nunes, ISCTE-IUL), pelas 14h30. A entrada é livre.
Sobre o autor
Carlos Gaspar, doutorado em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa, é investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa e Professor Associado convidado na Faculdade de Ciências Socais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Exerce ainda funções de assessor do Conselho de Administração da Fundação Oriente, e de assessor do Instituto de Defesa Nacional e é membro do European Council on Foreign Relations (ECFR) e da Associação Portuguesa de Ciência Política (APSA).
Além do livro “A Balança da Europa” publicado no final do ano passado, Carlos Gaspar é ainda autor da obra “O Pós-Guerra Fria”, publicado em 2016, e de vários capítulos de livros e artigos em publicações nacionais e internacionais.
Sobre o livro
“A crise europeia é uma crise existencial, em que está em causa a própria continuidade da União Europeia e da NATO, os dois pilares da ordem liberal das democracias ocidentais, que garantem a paz na Europa há mais de setenta anos. A construção da ordem europeia começa na II Guerra Mundial, quando o III Reich quis pôr em causa o futuro da Europa como um sistema de Estados independentes. A vitória das Nações Unidas e a competição entre os Estados Unidos e a União Soviética impõem a divisão da Alemanha e da Europa. A criação da República Federal alemã, da NATO e das Comunidades Europeias assegura a sobrevivência das democracias liberais na Europa da Guerra Fria. Na última década do século XX, a revolução russa e o fim do comunismo tornam possível reunificar as duas Alemanhas e as duas Europas e consolidar a ordem democrática. No fim da Guerra Fria, a reconstituição da balança europeia assenta num “equilíbrio de desequilíbrios” nas relações entre a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha, institucionalizadas na NATO e na União Europeia. Mas a estabilidade da ordem europeia está posta em causa pelas crises do Euro e dos refugiados e pelo declínio dos partidos europeístas; a segurança europeia está posta em causa pelo regresso da Rússia, pela guerra na Siria e pela escalada do terrorismo islâmico; e a continuidade da União Europeia e da NATO estão postas em causa pelo Brexit, pelo retraimento estratégico dos Estados Unidos e pela divisão entre as potências europeias. A história, como ensina James Joyce, é um pesadelo de que os Europeus não conseguem acordar.”
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