A Covid e o futuro
A prolongada pandemia da covid-19 mostra sinais de que permanecerá entre nós por mais tempo do que qualquer um poderia prever. Como a OMS espera, não estamos longe da primeira vacina, mas esta, provavelmente, não vai deter as epidemias. O motivo não está na qualidade da futura vacina, mas noutra coisa.
É agora óbvio que as pessoas na maioria dos países não estão mais dispostas a seguir as diretrizes emitidas pelas autoridades de saúde. Independentemente do risco, as pessoas estão cada vez mais abertas às teorias de que toda a epidemia é exagerada e que o risco real é muito menor, está ao nível da simples gripe.
A razão para a situação estar a evoluir a favor daqueles que veem uma gigantesca conspiração da indústria farmacêutica para ganhar mais dinheiro do que já ganhava, está na cabeça das pessoas. A população em geral consegue tomar medidas que mudaram totalmente a sua vida social, prejudicaram a sua capacidade de ganhar dinheiro para sustentar a família, consegue aceitar dificuldades com os filhos na escola, só até certo ponto. Portanto, se a pandemia vai durar cada vez mais, como parece provável, a disposição das pessoas para seguirem as medidas de prevenção da epidemia será menor. É uma experiência totalmente nova para o nosso dia a dia e as autoridades de saúde terão de lidar com as teorias mais ridículas para comprovar o perigo do vírus, o que deveria ser muito óbvio para todos.
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