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A Covid e o futuro

A prolongada pandemia da covid-19 mostra sinais de que permanecerá entre nós por mais tempo do que qualquer um poderia prever. Como a OMS espera, não estamos longe da primeira vacina, mas esta, provavelmente, não vai deter as epidemias. O motivo não está na qualidade da futura vacina, mas noutra coisa.

É agora óbvio que as pessoas na maioria dos países não estão mais dispostas a seguir as diretrizes emitidas pelas autoridades de saúde. Independentemente do risco, as pessoas estão cada vez mais abertas às teorias de que toda a epidemia é exagerada e que o risco real é muito menor, está ao nível da simples gripe.

A razão para a situação estar a evoluir a favor daqueles que veem uma gigantesca conspiração da indústria farmacêutica para ganhar mais dinheiro do que já ganhava, está na cabeça das pessoas. A população em geral consegue tomar medidas que mudaram totalmente a sua vida social, prejudicaram a sua capacidade de ganhar dinheiro para sustentar a família, consegue aceitar dificuldades com os filhos na escola, só até certo ponto. Portanto, se a pandemia vai durar cada vez mais, como parece provável, a disposição das pessoas para seguirem as medidas de prevenção da epidemia será menor. É uma experiência totalmente nova para o nosso dia a dia e as autoridades de saúde terão de lidar com as teorias mais ridículas para comprovar o perigo do vírus, o que deveria ser muito óbvio para todos.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.
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Mirko Stefanovic

Reseacher at CEI-IUL. Associate Professor at Law School of University NOVA in Lisbon. A Lawyer by education, he served as State Secretary and General Secretary at the Ministry of Foreign Affairs of Serbia. Between 1992 and 2001 he was Ambassador of Yugoslavia in Israel and between 2011 and 2015 he was Ambassador of Serbia in Portugal.