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Analistas consideram que processo eleitoral em Angola deixa dúvidas

André Thomas-Hausen e Eugénio Costa Almeida comentam processo em curso.

As eleições em Angola continuam a suscitar reacções e análises dentro e fora do país. Enquanto a oposição recusa aceitar os resultados provisórios e o MPLA garante ser o vencedor, a nível internacional apenas Portugal felicitou o partido no poder. A União Europeia pediu que o processo termine com total transparência. Para alguns analistas, há muito por explicar e desconhece-se como terminará este processo.

O professor de direito da Universidade da África do Sul André Thomas-Hasusen é de opinião que o processo começou de forma deficiente quando o “Governo angolano recusou a presença de observadores e apoio ao processo eleitoral da SADC”.

“Isto daria um pouco de credibilidade e um selo de qualidade e abriu um pouco as portas à crítica por todos dos lados, até de comissários da Comissão Nacional de Eleições”, assevera o professor, questionando até que ponto este processo coloca em causa a imagem externa de Angola.

Neste aspecto, o investigador angolano Eugénio Costa Almeida, do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa, considera que a imagem externa vai depender do posicionamento da oposição.

“Se a oposição fizer finca-pé e disser que não aceita os resultados, a imagem de Angola não será a mais ideal junto da comunidade internacional”, sustenta Costa Almeida, lembrando que “a própria União Europeia já começou a questionar e teremos de ver qual será a reacção dos Estados Unidos”.

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Vista aérea sobre Luanda, Angola. Photo by Beth Balboni / CC BY-SA 2.0

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