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Dividir para reinar

Dos problemas económicos recentes a nível mundial, ao medo dos imigrantes e à pandemia do coronavírus, todos estes problemas tiveram uma forte influência no comportamento dos líderes populistas em muitos países. A maneira como os populistas tentam sair das crises, independentemente da sua origem, é geralmente semelhante e tem potencial para prejudicar o equilíbrio básico das relações de diferentes grupos sociais, religiosos e raciais dentro dos países.

Todos os países têm problemas, mas diferem na forma como as suas elites políticas tentam resolvê-los. Isso depende de vários fatores, mas o que podemos testemunhar atualmente é uma tendência para os governos procurarem cada vez mais medidas não para resolverem necessariamente os problemas dos países, mas para manterem os governantes no poder. Deixou de ser uma busca constante pela ação que seja a mais popular entre os eleitores e gere apoio da grande maioria, mas apenas por aquela que estabeleça laços mais fortes apenas com o número suficiente desses mesmos eleitores que possam, com seus votos a curto prazo, mantê-los no poder.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

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Mirko Stefanovic

Reseacher at CEI-IUL. Associate Professor at Law School of University NOVA in Lisbon. A Lawyer by education, he served as State Secretary and General Secretary at the Ministry of Foreign Affairs of Serbia. Between 1992 and 2001 he was Ambassador of Yugoslavia in Israel and between 2011 and 2015 he was Ambassador of Serbia in Portugal.