Lisboa: um balcão privilegiado para a Ibero-América
A maior rede Ibero-americana de estudos internacionais em Lisboa.
A Rede Ibero-americana de Estudos Internacionais (RIBEI), formada por 45 centros de investigação e think tanks especializados no estudo das relações internacionais com origem em 16 países de 2 continentes, se reúne em o ISCTE-IUL de Lisboa entre os dias 5 a 7 de novembro para analisar e debater o futuro da região ibero-americana e da América Latina no mundo, com uma perspetiva estratégica.
Este ano, o Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL) e o Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) organizam a VIII Conferência Internacional, com o tema “Há lugar para um espaço Ibero-Americano?”, que contará com a presença de investigadores da América Latina, das Caraíbas, Espanha e Portugal.
As mudanças em América Latina e nas Caraíbas terá maior impacto global.
Através de seis painéis temáticos, pretende-se refletir sobre os desafios futuros da ordem global com a perspetiva e sensibilidade da comunidade académica ibero-americana. As mudanças de governos com as eleições no México, Brasil, Colômbia e Paraguai, assim como a mudança de orientação ideológica em Espanha, são de grande magnitude e que associadas com o aumento do descontentamento social, tal como se observa com os massivos e violentos protestos em Nicarágua, Venezuela, Haiti ou Honduras, podem augurar tempos contornados em todo o continente.
As dificuldades que enfrentam ambas as margens do Atlântico com os processos de cooperação e comércio multilaterais e regionais, são observadas na falta de acordo para o livre comércio entre MERCOSUR / EU, na suspensão da XXVI Cimeira Ibero-Americana prevista em Guatemala, nos conflitos na Europa com Brexit e nas disputas orçamentais, e na iminência da XIII Cimeira do G-20 em uma Argentina em crises. Estas questões colocam em dúvida a projeção temporal do espaço ibero-americano no cenário internacional e, especialmente, no futuro do próprio projeto ibero-americano perante uma globalização cada vez mais asiática.
Mais oportunidades ou ameaças para os espaços Ibero-americano?
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