A nova desordem mundial
A notícia mais importante da semana foi o início de um processo da Comissão Europeia contra a deriva autoritária na Polónia.
Ontem não foi a primeira vez que os EUA votaram isolados na Assembleia Geral das Nações Unidas. Em matéria de conflito israelo-palestiniano, então, os votos isolados ou acompanhados apenas de mais um ou outro aliado foram frequentes no passado. Mas não deixa de causar um certo pasmo ver quem acompanhou os EUA nas Nações Unidas: um conjunto de nove países composto por Guatemala, Honduras, Israel, as Ilhas Marshall, a Micronésia, Nauru, Palau e Togo. E isto depois de muito espernear, ameaças e chantagem emocional por parte da ainda superpotência mundial.
É impossível hoje olhar para os EUA e não ver a profunda crise de credibilidade internacional em que a presidência Trump está a meter o seu país. A grande surpresa é ver que o sistema internacional se tem aguentado relativamente bem sem o paternalismo hegemónico da superpotência americana. Trump anunciou a saída do Acordo de Paris contra as alterações climáticas, o resto do mundo ficou firme. Trump tentou fazer implodir o acordo de não-proliferação nuclear com o Irão, a UE e as restantes potências signatárias responderam que o acordo continuaria em vigor. Isto leva à pergunta: será que uma superpotência isolada é ainda uma superpotência? E caso o não seja, que tipo de sistema internacional estaremos a ver emergir?
Há no mundo duas outras potências preparadas — real ou imaginariamente — para a paridade com os EUA. Ambas foram identificadas pela nova Estratégia de Segurança Nacional norte-americana como sendo “potências revisionistas”: a Rússia e a China.
Mas há enormes diferenças entre uma e a outra.
Leia o artigo completo no site do jornal Público.
Photo by Robert_z_Ziemi / Public domain
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.