CEI-IUL no ECAS 2017: “As Resistências Locais às Agendas Internacionais de Direitos Sexuais e Reprodutivos”
O Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL estará presente na 7ª Conferência Europeia de Estudos Africanos (ECAS 2017). Uma das linhas de investigação que vem sendo desenvolvida no CEI-IUL está ligada aos direitos humanos, saúde e activismos em África. Nesse sentido, os investigadores Ricardo Falcão e Clara Carvalho, lançaram uma proposta para um painel nesta Conferência onde se pudesse debater os «direitos sexuais e reprodutivos».
À proposta acorreram vários investigadores a trabalhar em diferentes áreas como a «mutilação genital feminina»; a «prevenção do HIV»; os «direitos LGBT»; os «direitos associativos» em torno do «aborto» e da «homossexualidade» e «MGF»; o «planeamento familiar» e a experiência de mulheres «lésbicas» na sua relação com ONGs a trabalhar sobre os «direitos sexuais e reprodutivos».
As contribuições focam-se em vários países africanos, nomeadamente o Ghana, o Uganda, Senegal, Marrocos, Camarões, Eritreia.
Assim esperamos reflectir sobre a promoção, recepção, avaliação dos discursos dos direitos humanos, discutindo os seus limites e resistências encontradas; levando em conta a especificidade das representações sobre a sexualidade, o género e as relações intergeracionais nos diferentes contextos. Acreditamos que a promoção dos direitos humanos, e em particular dos direitos sexuais e reprodutivos, no continente africano, implica o conhecimento mais aprofundado das linguagens locais e da relação dos actores sociais com as mesmas. Interessa-nos igualmente aprofundar o conhecimento sobre as intersecções entre o desenvolvimento, o activismo, e as experiências vividas dos indivíduos relativamente às dimensões da sexualidade e direitos individuais nesse campo.
African women claiming their right to be heard. Photo by John Ferguson (Oxfam) / CC BY 2.0
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