23 MAR | Pensar África: Islão, Matrilinearidade e questões de poder entre os macuas de Nacal
Hoje decorre a sessão do mês março do Seminário Permanente de Estudos Africanos “Pensar África”, contando com a intervenção de Maria João Baessa Pinto sobre o tema “Islão, Matrilinearidade e questões de poder entre os macuas de Nacal”.
A sessão decorre no Aud. Afonso de Barros pelas 18h. A entrada é livre.
Sobre a sessão
Esta palestra pretende abordar as relações de poder nas sociedades islâmicas africanas e em particular no seio das populações matrilineares macuas da costa norte de Moçambique, os amaka. Recorrendo à longue durée desta região e à história da linhagem Suluhu em Nacala analisamos o modo como são geridas as tensões provocadas pela oposição entre a sharia e tradição matrilinear, em especial na chefia da linhagem, onde as tentativas de imposição da patrilinearidade islâmica fracassaram. Mesmo depois da islamização as mulheres não são excepção na liderança política, destacaram-se no contexto do tráfico de escravos e continuaram a ocupar lugares de prestígio depois da independência e do aparecimento dos novos ulema.
Sobre a oradora
Maria João Baessa Pinto é gestora de ciência na Fundação para a Ciência e Tecnologia. É doutorada em Estudos Africanos pelo ISCTE-IUL, onde desenvolveu a sua tese “Estado, poderes linhageiros, poderes religiosos muçulmanos nos Macuas de Nacala – Oposições, ambiguidades e convergências”
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