São Tomé tentativa de golpe ou intentona?
Fomos hoje acordados com uma notícia da portuguesa Agência LUSA – e que o Vivências faz eco e que, segundo o portal da secção africana da rádio Deutsche Welle (DW), terá ocorrido no passado dia 20 de Junho – de uma eventual tentativa de “subversão da ordem constitucional” em São Tomé e Príncipe (STP), em princípio, contra o primeiro-ministro Patrice Trovoada, visando a eventual eliminação física deste.
O produto desta eventual tentativa resultou em duas detenções. Um antigo ministro e um sargento das Forças Armadas.
Se fosse caso virgem nas maravilhosas ilhas equatorianas poderia ser surpresa. Mas sabe-se que não só não é caso virgem, como, parece, ser este o período o ideal para estas tentativas de alteração da ordem constitucional.
Recordemos que em a 16 de Julho de 2003, houve uma eventual tentativa ou putsch contra o então presidente Fradique de Menezes, levada a efeito por um grupo de militares liderado por um tal major Fernando Pereira (sobre este caso, vejam um artigo que publiquei no extinto Jornal Lusófono, intitulado «O “Putsch” de STP e a emergência de estados directores» e que pôs a nu, não só as disputas geopolíticas entre Angola e Nigéria, como as fragilidades do sistema político santomense e da credibilidade da tentativa de golpe.
Agora, não se sabe se a tal tentativa de “subversão da ordem constitucional” tem por base questões meramente políticas ou, haverá, como em 2003, interesses externos mais profundos.
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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador. Primeiro Ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada (direita) / foto de Martin Greeson / domínio público
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