A ‘tour’ de Trump
Trump é cada vez menos confiável para os aliados europeus, pois não promove nem negoceia nas áreas das quais depende boa parte da coesão europeia: os refugiados e as alterações climáticas.
Donald Trump fez a sua primeira grande incursão de política externa norte-americana. Esteve no Médio Oriente e na Europa, visitando os seus principais aliados e participando em duas reuniões da maior importância: a do G7 e a da NATO. Nestes dois grandes eventos internacionais desiludiu, fosse pelo seu comportamento, fosse pela falta de capacidade de negociação de compromissos.
Donald Trump e a sua corte familiar pareciam estar a participar num tour turístico, em que em cada momento se tenta escolher uma indumentária a rigor para marcar a performance desejada. Ensaia-se uma expressão e faz-se a devida comunicação do evento. Apesar de isto parecer politicamente irresponsável para o líder da maior potência mundial, é possível que este tour seja ainda pior do que se está agora a comentar. Pode, muito simplesmente, ter-se tratado da tournée de um artista que tem como objetivo manter o seu programa de entretenimento no seu país, onde é cada vez mais contestado. Cioso de audiências, não lhe importa a escalada de violência nem a corrida armamentista, porque isso criará emprego no país a que preside, nem que medidas para controlo das alterações climáticas sejam tomadas, porque a sua promessa foi manter os níveis de competitividade da indústria norte-americana.
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Protest in Brussels (Belgium), May 25, 2017. Photo by Miguel Discart / CC BY-SA 2.0
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