Um Homem Não Chora (E Outros Sexismos)
Paula Cosme Pinto, autora do blogue “A vida de saltos altos” no jornal Expresso, é a mais recente personalidade a juntar-se ao movimento HeForShe em Portugal, projecto do qual o Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL) é parceiro. Na sua crónica “Um Homem Não Chora (E Outros Sexismos)“, Paula apresenta o HeForShe Portugal como uma lufada de ar fresco na luta pela igualdade de género, congratulando o esforço da equipa pelo trabalho até agora desenvolvido, apresentando ainda o lançamento oficial do movimento – o ArtsDay -, que acontecerá dia 11 de Março de 2017, no Museu Paula Rego – Casa das Histórias, em Cascais. A autora refere ainda o esforço do projecto em colaborar com as universidades portuguesas através do programa IMPACT 10x10x10, destacando o trabalho que está a ser desenvolvido, em parceria com o CEI-IUL, no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
Leia um excerto do artigo “Um Homem Não Chora (E Outros Sexismos)”:
Quando falamos sobre discriminação de género tendemos a pensar apenas em situações extremas de violência ou de diferenciação de tratamento. Mas esquecemo-nos frequentemente que o sexismo está no meio de nós, no nosso dia a dia, também de formas bastante subtis. Tão subtis que o desvalorizamos, sem parar para pensar que esses pequenos comportamentos, pensamentos e comentários discriminatórios contribuem, em muito para o perpetuar, de desigualdades baseadas no género. Um construção errónea do que é a igualdade entre sexos, que não só começa desde tenra idade, como é alimentada dentro do próprio seio familiar. A pensar nisso, surgiu a campanha “Isto também é desigualdade de género”, a primeira ação pública do movimento HeForShe Portugal, que finalmente chegou ao nosso país.
Promovido globalmente pelas Nações Unidas, este movimento tem como mote mudar a tradicional narrativa sobre a igualdade de género para uma narrativa mais inclusiva, numa tentativa de agitar consciências, provocar discussão pública e fazer-nos refletir em larga escala sobre a importância que igualdade de género tem no desenvolvimento de sociedades mais equilibradas. Cada país conta com uma equipa local, composta por pessoas que não estão diretamente ligadas às Nações Unidas, mas que abraçam o desafio de promover ações anuais nos seus países a partir de diretrizes daquela organização. Por cá, são já dez pessoas a fazê-lo (obrigada!) e o embaixador oficial – à semelhança de Emma Watson – é José Fidalgo. Porque é que alguém haveria de gastar o seu tempo pessoal a fazer isto? Porque como se pode ler na página oficial do movimento HeForShe Portugal, esta “não é apenas uma questão das mulheres, e sim um assunto de direitos humanos”. E todos temos a ganhar com isso no futuro.
Para ler o artigo completo de Paula Cosme Pinto no jornal Expresso, clique aqui.
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