Pluralismo é um desafio também para os ismaelis
Faranaz Keshavjee, investigadora do CEI-IUL, foi entrevistada a propósito das comemorações dos 60 anos da liderança do Aga Khan, que decorreram em Julho em Lisboa.
Recentemente o Aga Khan chegou a um acordo com o Governo português que lhe permite implantar em Lisboa o seu Imamato, ou a sede do seu poder. Poder esse que é de primeira ordem espiritual – enquanto líder religioso de uma comunidade com mais de uma dezena de milhões de seguidores – mas que é também económico e social, uma vez que o Aga Khan é dos homens mais ricos do mundo e lidera uma rede de organizações caritativas com uma grande influência nas sociedades em que operam.
A investigadora Faranaz Keshavjee, que pertence à comunidade portuguesa, explica que as instituições geridas pela Rede Para o Desenvolvimento Aga Khan, presente em dezenas de países e representada em Portugal pela Fundação Aga Khan, investem precisamente na melhoria das condições gerais da população, e não apenas das comunidades ismaelitas. “A Rede para o Desenvolvimento não contempla necessariamente os ismaelitas, contempla as sociedades onde as comunidades ismaelitas estão integradas. Por exemplo, para a comunidade ismaeli o Imam tem orientações e tem um percurso junto da própria comunidade e da liderança que ele próprio estabelece, portanto para esse efeito ele já tem algo a operar.”
Leia o artigo e oiça a entrevista completa no site da Rádio Renascença.
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