EUA e Médio Oriente: “Como implementar a nova política”
A configuração das relações no Médio Oriente nunca esteve dependente apenas dos países da região. Sempre houve, e continuará a haver, o elemento correspondente ao nível de envolvimento dos EUA, que decide várias questões regionais. E quando há uma mudança de governo em Washington, é preciso levar em conta as mudanças mais profundas no estado de espírito americano. É evidente que nada disto é novo, mas a principal questão é sempre até onde poderão ir os EUA e o que permanecerá no nível das declarações.
Para o governo Biden, a principal questão que precisa de ser tratada é o futuro do Irão. Já deixaram bem claro que o regresso ao acordo nuclear é um objetivo definido, mas não é tão fácil assim atingi-lo. Todas as outras questões, como a normalização das relações israelo-árabes ou o fortalecimento da soberania israelita sobre a totalidade de Jerusalém, estão agora na segunda fila, atrás da procura de uma posição a longo prazo para o Irão na região, uma posição que seja segura para os seus vizinhos.
Terá de haver duas fases na resolução deste problema. A primeira é o período preparatório, na qual eles terão de instaurar a calma entre todos os inimigos do acordo iraniano, e a segunda será iniciar as negociações sobre as partes adicionais do antigo acordo que terão de lhe ser acrescentadas.
Continue a ler o artigo no Diário de Notícias.
As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador. Photo by Lawrence Jackson / Biden for President
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.