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Conflito ou Convergência?

A história da relação entre muçulmanos e cristãos teve momentos de convergência e de conflitos. Mas também, felizmente, ciclos positivos que podemos repetir.

A verdade é que há registos históricos de salutar convivência e tolerância entre cristãos e muçulmanos. Exemplos profícuos deste tipo de relacionamento decorreram no período que Joel Kraemer definiu como ‘O Humanismo no Renascimento do Islão’, em finais do século X. Aí governavam as dinastias buyidas, samanidas, safaridas, fatimidas, hamdanitas, e omíadas na Península Ibérica. Curiosamente todas xiitas e que cultivaram, juntamente com as minorias cristãs e judaicas, um intenso movimento de mudança cultural e expansão do conhecimento. Kraemer sugere que o papel destas minorias foi determinante para a inovação, pois normalmente a estratégia integrativa das minorias é não só dominar o conhecimento da maioria mas ultrapassar a cultura dominante. No que respeita à liberdade de expressão, Kraemer refere relatos de que o rei buyida não apenas revigorou estas minorias, como encorajou-as nos seus empreendimentos, e deu total liberdade para que promulgassem as suas profecias, sem necessidade de dissimular; desde que ninguém forçasse o outro a algum tipo de fanatismo religioso.

A História tem, felizmente, ciclos positivos que podemos repetir.

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The Qu'ran. Photo by Shahin Olakara / CC BY-SA 2.0

CC BY-NC-SA 4.0 This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Faranaz Keshavjee

Researcher at CEI-IUL. Undergraduate degree in Social Anthropology and Master's degree in Social Psychology (ISCTE-IUL). Specialisation course in Islamic Studies and Societies (Institute of Ismaili Studies, London). PhD Candidate (Cambridge University). Lecturer at Univ. Católica, Univ. Lusófona, and ISCSP. Research interests: Islam, gender issues and social identities of Muslim youth.