Programa “360º” com participação de Ana Isabel Xavier
A investigadora do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL), Ana Isabel Xavier, foi convidada do programa 360º da RTP 3 para comentar a situação na cidade síria de Ghouta, onde já morreram cerca de 600 pessoas nos últimos quinze dias. Ghouta tem sido palco de uma guerra entre as forças do presidente Bashar Al-Assad e as forças rebeldes, sendo considerada como a última zona rebelde no país, onde vivem aproximadamente 400 mil pessoas.
Para Ana Isabel Xavier, o adiamento da votação da resolução da ONU (que pedia um cessar-fogo de 30 dias em Ghouta) por três dias, como consequência da resistência russa, traz várias ironias, sendo uma delas o facto de que não houve uma decisão concreta sobre quando se iniciaria a trégua (a resolução diz que “as partes devem iniciar o cessar-fogo sem demora”). A segunda ironia diz respeito ao argumento de Assad de que os bombardeamento em Ghouta são contra a oposição rebelde e outras forças terroristas (conforme autorizado pela resolução da ONU). A investigadora do CEI-IUL realça a vitória diplomática da Rússia nesta situação, que funcionou como “ponte” entre a ONU e o governo sírio.
Estando a luta contra o Estado-Islâmico “praticamente consolidada”, a questão da Síria foca-se agora na oposição rebelde. Ghouta é um dos exemplos da dificuldade que existe em perceber o que é oposição ao governo de Bashar al-Assad e o que são grupos terroristas como o auto-proclamado Estado Islâmico.
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