As Perspetivas do Médio Oriente
O Médio Oriente, uma das regiões mais turbulentas do mundo, passa há anos por crises, violência e guerras. As tensões são geradas localmente, inclusive por controvérsias relacionadas com a sua história moderna, mas também pelo desejo das grandes potências regionais e mundiais de obterem mais influência do que já possuem.
Geralmente, a explicação reside no facto de o Médio Oriente possuir reservas enormes de petróleo e qualquer disrupção na sua exploração resultar no aumento do envolvimento dos países mais poderosos do mundo. Em parte, isso está correto, mas não representa o quadro completo.
A morfologia política do Médio Oriente de hoje foi definida após a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano perdeu os seus territórios e o mundo árabe foi dividido em Estados com mais ou menos independência. Ao mesmo tempo, o processo de formação das nações começou em paralelo com o traçar de novas fronteiras, mas sempre com alguma insatisfação resultante das soluções escolhidas. As grandes potências desempenharam o papel mais importante nesse processo, tentando comprar a paz aos líderes locais ou impostos com as concessões territoriais, nível de independência e muitas promessas ocas.
O processo de chegada da população judaica ao Mandato Britânico da Palestina (durante os tempos da Liga das Nações, a Palestina era governada pelo Reino Unido) foi outro fator. Foi, por vezes, usado por muitos como o elemento de unificação da população local no sentido negativo, cultivando a ilusão de que o futuro Estado judeu poderia ser rejeitado e “empurrado para o mar”, como costumavam dizer alguns líderes árabes.
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Gaza / Foto de Al Jazeera English / CC BY-SA 2.0
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