Bósnia: o genocídio começou três anos antes de Srebrenica

Não em maio de 1995, mas na primavera de 1992. Dois cientistas políticos bósnios explicam na TSF os impasses do país e o genocídio que começou em Sarajevo, três anos antes do massacre de Srebrenica.

Hikmet Karcic, investigador da Universidade de Sarajevo, especialista em estudos de genocídio, em declarações à TSF, não tem dúvidas: “o genocídio de Srebrenica, para os bósnios, faz parte da dor coletiva, é um trauma coletivo para a maior parte da população”. Mas logo acrescenta: “devemos ter em mente que o genocídio começou em 1992, e Srebrenica em 1995 é um trauma adicional a que os sobreviventes de 1992 tiveram de sobreviver novamente perante a agressão da Sérvia e dos seus aliados nacionais na Bósnia Herzegovina”, referindo-se aos sérvios bósnios da Republika Srpska (a outra entidade da Bósnia, além da Federação), à época do sangrento conflito liderada politicamente pelo psiquiatra montenegrino Radovan Karadzic e militarmente pelo general Ratko Mladic, ambos condenados pelo Tribunal penal Internacional de Haia, que julgou os crimes de guerra na antiga Jugoslávia, por genocídio e crimes contra a Humanidade.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

Monumento ao genocídio em Potočari / foto de Michael Büker / CC BY-SA 3.0

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Ricardo Alexandre

Researcher at CEI-Iscte. Journalist. PhD in Political Science (Iscte). Guest lecturer at Univ. Lusófona and Univ. Coimbra. Previous: visiting scholar at Columbia University.

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