O Coronavírus e a política
A epidemia do coronavírus é, ao que parece, não apenas o maior desafio à saúde nos tempos modernos, mas também um sério desafio para a democracia. Todas as medidas, decididas pelos governos dos países atingidos pela epidemia, devem ser vistas sob diferentes ângulos. O aspeto mais importante é, inquestionavelmente, o de salvar vidas, aquele em que as pessoas devem seguir, em teoria, a sua elite política para se protegerem da doença mortal. Esta é a primeira coisa a fazer, mas não a única.
O problema pode estar na suspensão de alguns direitos básicos, partes da Constituição e em algumas decisões pouco claras, que deixam espaço para diferentes interpretações. Muitas vezes, como vimos até agora, os governos declaram medidas para restringir a circulação de pessoas, sabendo que a disseminação do vírus pode ser contida minimizando o contacto social entre a população. Às vezes, restringem até o acesso da comunicação social às informações, acreditando que evitar o pânico e os sentimentos de perigo entre as pessoas não excede a sua capacidade de tolerância.
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