O novo acordo no Médio Oriente
O recente acordo entre os Emirados Árabes Unidos e Israel sobre a normalização das relações entre eles, mediado pelos EUA, é o novo elemento do quebra-cabeça do Médio Oriente, que está a ficar cada vez maior e mais complicado de resolver.
As duas partes do acordo e o intermediário norte-americano, anunciaram-no orgulhosamente há poucos dias, acrescentando vários pontos de interrogação à situação que já é difícil de entender. Qualquer novo acordo entre o Estado judeu e qualquer país árabe é considerado uma boa notícia no Médio Oriente, porque é algo que deve melhorar a estabilidade da região. Infelizmente, neste momento, é preciso dizer que está longe de ser claro quais serão as consequências do novo acordo e quem o irá seguir no mundo árabe e estabelecer relações com Israel.
O acordo é o primeiro passo para a normalização das relações entre os dois países. Deve ser seguido de outros acordos específicos, na área do turismo, economia, voos diretos, segurança, abertura de embaixadas. Do ponto de vista israelita, os Emirados Árabes Unidos são o país que já se esperava que divulgasse as suas relações com Israel, que já existiam, mas sempre atrás da cortina. Para o primeiro-ministro de Israel, parece uma grande vitória e vai ajudá-lo se ele decidir candidatar-se novamente a mais umas eleições, o que pode acontecer, acredite-se ou não. Do ponto de vista dos Emirados Árabes Unidos, o profundo envolvimento dos Estados Unidos, o problema da ameaça iraniana no Golfo e os atritos dentro do Conselho de Cooperação do Golfo com o Qatar foram os elementos que pesaram mais do que qualquer crítica que se pudesse antecipar.
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