Obama e o Mundo Oito Anos Depois
Poucos dias depois da eleição de Donald Trump, um grupo de consagrados historiadores norte-americanos reuniu-se na Universidade de Princeton para efetuar um primeiro balanço da presidência de Barack Obama. Julian Zelizer, um dos anfitriões do encontro, escreveria dias depois no The New York Times que o tom geral era de preocupação e de desalento. O legado de Obama, receiam os historiadores, encontra-se em risco, uma vez que o novo inquilino da Casa Branca parece determinado em reverter grande parte das políticas iniciadas por Obama, tanto a nível interno como a nível externo.
É ainda cedo para fazer um balanço daquilo que permanecerá “para lá de Obama” em termos de política externa. Esse exercício só será possível quando tivermos uma maior distância temporal que nos permita enquadrar a ação de Obama entre o “antes” e o “depois”. No entanto, independentemente da perenidade das suas políticas, podemos olhar para trás e escolher alguns dos momentos mais marcantes dos seus dois mandatos, em termos de política externa. Sublinho a palavra “escolher” uma vez que o tema daria certamente para preencher várias páginas do DN.
Podemos, num primeiro momento, evocar o modo como Obama pôs fim às intervenções militares dos EUA no Médio Oriente, mais concretamente no Iraque e no Afeganistão. Apesar de a presença militar norte-americana não ter desaparecido na totalidade, Obama colocou um fim às duas mais controversas intervenções externas da administração Bush. O retraimento estratégico estava em marcha. Concomitantemente, em maio de 2011, Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda seria morto por militares norte-americanos.
Continuar a ler o artigo no DN.
US President Barack Obama in 2009. Photo by Petty Officer 1st Class Chad J. McNeeley / Public domain
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.