Relações lusófonas não sofrem com revisão da Constituição
A atitude dos parceiros de língua portuguesa da China não deverá sofrer alterações face ao que analistas em Portugal e Brasil consideram um aprofundamento do autoritarismo chinês com o fim da limitação dos mandatos presidenciais.
A dualidade na apreciação das iniciativas económicas e da orientação política chinesas poderá bem ser um dado do relacionamento lusófono com a China. Mas a investigadora portuguesa Cátia Miriam Costa, do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, entende que contam sobretudo para o desenrolar dos laços com Pequim, por um lado, desatenção e desinteresse da opinião pública, e, pelo outro, dificuldades internas que monopolizam a atenção das lideranças, alheias a processos internos do parceiro internacional chinês.
“No caso, por exemplo, de Angola, a braços com uma difícil crise económica e em profunda transição política, saída recentemente de uma longa presidência, o entendimento deste facto político será diferente do que acontece, por exemplo, no Brasil, também em profunda crise, mas com a China a investir em setores altamente estratégicos no país”, diz Cátia Miriam Costa, para quem, “em parte dos países lusófonos, a turbulência interna é tal que não se esperam grandes impactos ou mudanças nas relações bilaterais fruto desta alteração”.
Leia a entrevista completa no site da Plataforma Macau.
Chinese President Xi Jinping. Photo by APEC 2013 / CC BY 2.0
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