“O Chega é um partido com rosto mas sem coluna vertebral”

O investigador do CEI Riccardo Marchi lançou recentemente o livro “A Nova Direita Anti-Sistema: O Caso do Chega” (Edições 70). O livro, resultado de uma investigação científica sobre direitas em Portugal, é a primeira obra de fundo sobre as origens e a evolução do partido político Chega.

Por ocasião do lançamento do livro, a revista Visão publicou um excerto do mesmo que pode ser lido aqui.

Falando daquelas semanas de final de 2018, André Ventura recorda: «Não tínhamos dinheiro, não tínhamos pessoas, não tínhamos nada». As únicas bases de partida disponíveis são a sua rede pessoal de amigos de juventude e dos colaboradores conhecidos em Loures. André Ventura volta de imediato a falar com João Gomes de Almeida, ao qual pede uma ajuda profissional para criar o partido, tra­balhando a imagem e a comunicação rumo às eleições. O amigo aceita, de novo, o desafio, convencido de que existe uma janela de oportuni­dade para uma proposta política como o Chega. Para o publicitário, todavia, a janela é representada menos pela ausência em Portugal de um partido populista à europeia ou pelo crescente abstencionismo e mais pelo estado em que se encontra o centro-direita português neste final de 2018.

Também outros meios de comunicação social cobriram o lançamento do livro de Riccardo Marchi através de entrevistas com o autor, nomeadamente a Antena 1, a RTP2, o Diário de Notícias, bem como o jornal Público.

As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

Photo by Jonas Jacobsson on Unsplash

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Riccardo Marchi

Post-doctoral researcher at CEI-IUL. PhD in Modern and Contemporary History (ISCTE-IUL). Research interests: right-wing radicalism (political thought, parties and movements) and the relations between States and radical organizations in contemporary Europe.

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