This Week in the News (June 17, 2017)
Primeiro-ministro António Costa visita Argentina
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, fez uma visita oficial à Argentina, onde se encontrou com o presidente Mauricio Macri. Ambos concordaram sobre a importância de acelerar o acordo comercial entre o Mercosul (formado pela Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai – a Venezuela está suspensa) e a União Europeia. Para os dois líderes, este acordo irá fortalecer as relações bilaterais e gerar mais emprego.
Costa apoiou a possível entrada da Argentina como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), um dos principais objectivos da administração Macri.
A visita do chefe de Estado português coincidiu também com o início de funções do ex-embaixador argentino em Portugal, Jorge Faurie, como o novo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina.
A delegação portuguesa era composta por políticos e empresários que procuravam fortalecer o crescente intercâmbio comercial entre os dois países. Costa desafiou as empresas argentinas e portuguesas a “trabalharem em conjunto e de forma complementar”.
Além disso, Argentina e Portugal assinaram um acordo para que jovens entre os 18 e os 30 anos possam obter vistos até 12 meses, o que lhes permitirá tirar férias e trabalhar ao mesmo tempo em ambos os países.
Titular do Ministério Público vs. Maduro
As disputas entre a procuradora-geral Luisa Ortega e o governo de Nicolás Maduro aumentaram. A chefe do Ministério Público, reconhecida chavista, continuou o seu ataque contra a Assembleia Constituinte convocada pelo actual presidente.
O chavismo crítico começa a ter coincidências com a oposição aglutinada na Mesa da Unidade Democrática (MUD), enquanto as diferenças com o governo actual aumentam. A MUD apelou para que os seus seguidores aparecessem na sede do Supremo Tribunal, em Caracas, para se tornarem parte da disputa de Ortega contra a convocação da Assembleia Constituinte, mediante a qual Maduro tem tentado “aniquilar” os seus adversários sob o pretexto de escrever uma nova Constituição.
No meio do conflito, Ortega denunciou ameaças e advertiu que o Executivo deve ser considerado responsável por qualquer dano que possa sofrer a sua família.
No mês passado, Ortega denunciou graves violações contra os direitos humanos por parte das forças de segurança durante as manifestações contra o governo. Segundo a procuradora-geral, mais de metade dos feridos durante os distúrbios foram causados pelas forças policiais.
FARC entregam armas numa Colômbia conflituosa
O desarmamento das FARC entrou esta semana na sua fase final: a 20 de junho termina o prazo para a entrega de 60% das armas da guerrilha. Também continua o processo de transformar da organização num partido político que possa participar, desta maneira, na competição eleitoral. Todas estas consequências resultam do acordo de paz alcançado em Novembro de 2016 que terminou com 52 anos de conflito interno.
Entretanto, cerca de 7.000 ex-guerrilheiros estão a terminar a sua transição para a vida civil, apesar de vários sectores da sociedade continuarem a duvidar que esse processo seja efectivamente viável.
Além do desarmamento das FARC, a situação na Colômbia não é agradável. Por um lado, o desaparecimento do histórico grupo guerrilheiro tem permitido o surgimento de novos grupos armados que ameaçam as populações locais, principalmente na região da costa do Pacífico. Por outro lado, no meio desta conjuntura, mais de 8 milhões de crianças continuam sem ter aulas na escola púbica por causa da greve dos professores. O conflito entre o governo e o maior sindicato dos professores começou há mais de um mês. Os professores pedem melhorias nos salários, mais investimento em infra-estruturas para instituições de ensino, garantia de transporte para os alunos e fornecimento de alimentação para 8,5 milhões de estudantes.
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