11 ABR | Leituras do Mundo: A ONU e a questão colonial Portuguesa

No dia 11 de abril, a terceira sessão do ciclo de tertúlias “Leituras do Mundo” conta com a participação de Aurora Almada e Santos e apresentação do seu livro “A Organização das Nações Unidas e a questão colonial Portuguesa”

Este ciclo é uma iniciativa do Centro de Estudos Internacionais e da Biblioteca do ISCTE-IUL com o objectivo de apresentar todos os meses um livro que tenha sido publicado recentemente na área dos Estudos Internacionais. A sessão decorre na sala B6.02 da Biblioteca do ISCTE-IUL  (Ed.II, ISCTE-IUL), pelas 18h00. A entrada é livre.

Sobre a autora

Aurora Almada e Santos é licenciada (2003) em História, mestre (2009) e doutora (2014) em História Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Estuda as tentativas da Organização das Nações Unidas para fazer a aplicação da ideia de autodeterminação dos povos às colónias portuguesas. Tem como principal área de interesse a História Internacional, abordando temas como a descolonização, as organizações intergovernamentais, a Guerra Fria e o desenvolvimento de ideias e normas que influenciam as acções dos estados.

Actualmente, é Investigadora Integrada do Instituto de História Contemporânea (IHC-FCSH/UNL), Técnica Superior do Arquivo Municipal de Lisboa e membro do conselho editorial da revista científica Cadernos do Arquivo Municipal da Câmara Municipal de Lisboa. É autora de vários artigos em publicações nacionais e internacionais e das obras O Comité de Descolonização da Organização das Nações Unidas e os Movimentos de Libertação das Colónias Portuguesas: 1961-1976 (Lisboa: s.n., 2009) e A Organização das Nações Unidas e a Questão Colonial Portuguesa (1960-1974) (Lisboa: Edições Cosmos/IDN, 2017).

Sobre o livro

“Este livro aborda o diferendo entre a Organização das Nações Unidas e o governo português quanto à luta pela autodeterminação e independência das colónias portuguesas entre 1961-1974. A Organização das Nações Unidas tem sido responsável pelo desenvolvimento de ideias, como a da autodeterminação, que por vezes adquirem o estatuto de mecanismos de regulação das relações internacionais. A ideia de autodeterminação foi inicialmente concebida de forma genérica, não tendo sido associada às disposições relativas aos territórios dependentes. Num longo processo de institucionalização, que foi bastante controverso, passou gradualmente a significar o direito dos povos determinarem livremente o seu destino. Com a admissão de Portugal enquanto Estado-membro, a Organização desenvolveu esforços para conseguir que o governo português implementasse a autodeterminação nas suas colónias. Ao recusar-se a aplicar as resoluções adotadas, o governo português suscitou o desenvolvimento de novos procedimentos, que resultaram numa evolução empírica das disposições então existentes. Como se procura demonstrar, a análise da questão colonial portuguesa acabou por influenciar o debate mais amplo sobre a autodeterminação, obrigando as Nações Unidas a introduzir modificações na ideia, que ainda assim não perdeu o seu carácter controverso.”

CC BY-NC-SA 4.0 This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

CEI IUL

CEI-Iscte (Centre for International Studies) is a university-based multidisciplinary research center at ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). CEI-Iscte aims at promoting interdisciplinary research in Social Sciences, International Relations and Economy, focusing in its areas of geographic specialisation: Africa, Asia, Europe, and Transatlantic Relations.

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