MEDIA | Reino Unido: Boris Johnson vai aguentando… até quando?
Ana Isabel Xavier, investigadora do CEI-Iscte, foi ouvida pelo Expresso a propósito da situação política no Reino Unido.
“Boris Johnson vai resistindo como pode. E há que dizer que tem podido. O primeiro-ministro britânico já sobreviveu a conflitos de interesses de um deputado (Owen Patterson, a quem tentou defender, indo ao ponto de tentar vergar as regras parlamentares, mas que acabou por renunciar ao cargo), ao financiamento irregular da remodelação do seu apartamento por um aliado político, às intervenções sibilinas do ex-assessor Dominic Cummings e — até agora — às revelações sobre festas ilegais na sua residência durante o confinamento pandémico. Esta quarta-feira uma fotografia que o mostra numa dessas festas apimentou a novela, mas não foi alcançado o limiar de descontentamento que pode ditar a sua queda.
Esse limiar será avaliado “pelo partido, mais do que por Johnson”, afirma ao Expresso a professora Ana Isabel Xavier, do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE (Universidade de Lisboa). Em causa estará um “difícil equilíbrio entre não perder a maioria na Câmara dos Comuns, conquistada em 2019, e não comprometer as eleições locais e regionais de maio”. Ou seja, entre a capacidade eleitoral demonstrada pelo líder do Partido Conservador no referendo do ‘Brexit’ ou nas últimas legislativas e a sua baixa popularidade atual. “Sempre que se pensa que é too much, também se torna manifestamente exagerado o fim da linha”, reforça a académica.”
Excerto retirado do Expresso, pode continuar a ler o artigo aqui.
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