África Central, as ditaduras e a corrupção

As acusações maiores vão contra o regime de Teodoro Obiang na Guiné Equatorial, com especial incidência nas extravagancias de seu filho Teodorin.

São Tomé e Príncipe é o país mais democrático desta macrorregião e as suas eleições são as mais transparentes. Porém, é uma classificação com comparações muito fáceis, tal o nível de brutalidade reinante em vários dos outros Estados da região, onde alguns Presidentes são “eleitos” sem limite de mandatos e com perto de 100% dos votos.

Dois países desta macrorregião fizeram recentemente progressos no sentido da democratização. A República Centro Africana, embora viva um clima geral de guerra, possui um governo corretamente eleito e forças políticas civis ativas legalmente. O problema é que anos de guerra fizeram deste país um dos mais pobres do mundo e as suas forças armadas e de polícia são pouco mais que inexistentes, obrigando a um considerável dispositivo internacional armado, conduzido pelas Nações Unidas, no qual, aliás, participa um contingente português.

Desde sempre a França possui na RCA uma presença militar com apoio aéreo e, mais recentemente, tem-se assistido a uma bem elaborada entrada russa. Incialmente, Moscovo ofereceu armas ao embrião militar centro-africano, depois foi solicitado a colocar especialistas na guarda aproximada do presidente Touandera e em seguida começou a treinar unidades do referido embrião, destinado a reconstituir as forças armadas, desbaratadas numa das caóticas mudanças político-militares.

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As opiniões expressas neste texto representam unicamente o ponto de vista do autor e não vinculam o Centro de Estudos Internacionais, a sua direcção ou qualquer outro investigador.

Teodoro Obiang / foto de Embassy of Equatorial Guinea / CC BY-ND 2.0

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Jonuel Gonçalves

Guest researcher at CEI-IUL. PhD on Water Resources Economy in Southern Africa and South America (UFRRJ). Post-doctoral researcher and Professor at the Strategic Studies Institute of the Universidade Federal Fluminense.

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