Equilíbrio no Médio Oriente
Tudo o que é virado de pernas para o ar, dificilmente se manterá de pé.
Pelo menos, a longo prazo. Esse o aspecto que o Médio Oriente hoje apresenta , tentando ajustar-se ao novo equilíbrio, criado pela administração norte-americana. Durante algum tempo o cenário pode parecer prometedor, porque qualquer tipo de cooperação entre Israel e os Estados árabes tem aspectos positivos importantes. Mas se tentarmos qualquer análise mais profunda, muitas perguntas ficarão sem resposta.
A situação é bem conhecida de qualquer pessoa familiarizada com a extremamente complexa rede de relações estabelecida entre Israel e alguns Estados muçulmanos.
A tecnologia avançada, detida por Israel, é em muitos casos necessária aos opositores oficiais do Estado judaico, que secretamente têm vindo a cooperar a nível empresarial e de segurança.
A cerimónia realizada no jardim da Casa Branca em Washington, há alguns dias, foi organizada como uma extensão dos tratados de paz que Israel assinou há muito com o Egito (1979) e Jordânia (1994). Tudo com a mediação dos Estados Unidos. Torna-se óbvio que há algumas necessidades especiais do lado americano em todos estes acontecimentos e que essas necessidades são cada vez mais importantes em comparação com tudo o mais à medida que se aproxima o dia da eleição presidencial. É algo que temos de esperar e ter em consideração, mas mesmo esse facto deve deixar algum espaço aos outros grandes participantes nesta cerimónia de celebração do acordo se quisermos ter resultados válidos a longo prazo.
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