Médio Oriente: Planos de paz instáveis
A recente declaração do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de que o problema dos refugiados do Médio Oriente seria resolvido dando apoio às forças turcas na Síria, é um exemplo muito bom de quais são as últimas tendências nesta parte do mundo. É mais uma tentativa para chegar a um acordo com alguém à custa de terceiros que não estão envolvidos nas negociações.
A Turquia é extremamente sensível ao que está a acontecer dentro da Síria, perto das suas fronteiras. Os turcos não querem ver ninguém que lhes seja hostil do outro lado da vedação. Assim, eles estão a enviar uma mensagem clara de que os refugiados serão usados como elemento de pressão para se livrarem das críticas da UE às suas ações do outro lado da fronteira. Isto significa que o presidente turco estaria pronto para chegar a um acordo com a UE que não será apenas financeiro, como era até agora, mas também político (apoio na Síria). Este acordo fictício daria mais liberdade às forças turcas para investirem contra o exército do presidente sírio Bashar al-Assad em Idlib e contra as forças curdas. Portanto, haveria um acordo entre a Turquia e a UE envolvendo um terceiro país que não faz parte do acordo.
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